Catálogo Geral de Vendas | 2025 - 2026
BEST SELLERS Imagens meramente ilustrativas 43 Beacon tem erudição teológica, todavia num tom equilibrado na sua interpretação e no seu ob- jetivo inspiracional. Seu formato é atraente e prático. Seus comentaristas e editores acreditam que esta obra é de grande valor para todos que buscam descobrir as verdades profundas da Palavra de Deus, que “subsiste eternamente”. 342 4) O ato de fé que Jeremias executa é confirmado como autêntico: comprar-se-ão campos nesta terra (43). E subscreverão os autos, e os selarão, e farão que os atestem testemunhas (44). E. M AIS G ARANTIAS DE R ESTAURAÇÃO , 33.1-26 Os oráculos do capítulo 33 dão prosseguimento ao tema de juízo e restauração. A aparição do Rei Messiânico e o quadro de condições ideais em um reino unificado levam o Livro da Consolação (caps. 31-33) a um clímax glorioso. 1. O Convite Divino (33.1-3) Deus fala a Jeremias pela segunda vez no pátio da guarda, e compartilha com ele seus planos secretos. O versículo 2 é de difícil interpretação pelo fato de parecer estar faltando uma parte. ARSV segue a Septuaginta: “Assim diz o Senhor que fez a terra” (cf. também a NVI). Isso torna o versículo inteligível, e talvez seja a melhor solução. Deus então ressalta seu papel como o Criador, e por meio disso, sua soberania sobre homens e nações. O pano de fundo do seu convite gracioso no versículo 3 é a condição desesperadora de Jerusalém: fome, pestilência, a própria luta do profeta com a morte (38.7-13) e a queda iminente da cidade. 25 Clama a mim, e [...] anunciar-te-ei coisas grandes e firmes (in- sondáveis; 3). O convite aqui é para Jeremias, mas ele representa todos os servos de Deus. O versículo ressalta a oração como uma das maiores atividades através da qual Deus revela a verdade espiritual ao homem. Também mostra “que para ocorrer a revelação divina (que Ele está disposto e desejoso a revelar) é necessária a cooperação humana”. 2 6 2. A Jerusalém Aflita é Curada (33.4-13) Os versículos 4-5 conduzem o leitor à queda iminente de Jerusalém. Podemos perce- ber um sentimento de desespero que prevalece entre o povo enquanto a cidade se prepa- ra para sua resistência final. Trabucos (4) são “rampas de cerco” (NVI). Casas construídas junto aos muros são derrubadas e o espaço e o material são usados na defesa da cidade. O coração do profeta está se quebrando porque o fim já pode ser percebido. A palavra de Deus continua a mesma: Escondi o rosto desta cidade (5). Não haverá perdão. Embora a decisão de Deus de destruir a cidade não possa ser revogada, Ele não deixa o profeta sem esperança. A aflita Jerusalém será curada. O versículo 6 contém o alvo de Deus na restauração: saúde moral e bem-estar material. “Curarei o meu povo e lhe darei muita prosperidade e segurança” (6, NVI). Como no princípio (7); i.e., como em uma época anterior e mais feliz. O versículo 13 indica que todas as regiões de Judá compartilharão da restauração. O restante da passagem indica que o método de restau- ração de Deus envolve três coisas: 27 a) Na situação particular de Jerusalém, a destruição é a passagem para a restauração. A morte é a passagem para a vida. Não haverá um restabelecimento superficial da situação; todo mal deve ser afastado. No processo reden- tor de Deus o “antigo Israel” deve morrer para que o “novo Israel” (a Igreja) possa surgir. b) A purificação moral é a porta de entrada para a integridade espiritual (saúde). ... os purificarei de toda a sua maldade (8). Se a integridade espiritual deve existir J EREMIAS 32.37—33.8 O L IVRO DA C ONSOLAÇÃO 230 (grego) e Josué (hebraico) significam a mesma coisa: “Jeová é salvação”. Lumby obser- va que os judeus “freqüentemente identificavam o profeta de quem Moisés falava com o Messias”. 85 O versículo 23 é provavelmente uma citação livre de Deuteronômio 18.19. A última frase é diferente. O versículo 24 implica que Samuel foi o primeiro da grande linhagem de profetas. Ele está na divisão do período do reinado de Israel, como o último dos juízes e o primeiro dos profetas. Embora tenha havido, anteriormente, profetas individuais como Moisés, o principal período de profecias teve início com Samuel. Todos os profetas antigos, afirma Pedro, anunciaram —mais acertadamente, “falaram a respeito de” (NASB) ou “procla- maram” (RSV) — estes dias , ou seja, os dias do Messias. O apóstolo concluiu o seu sermão de modo gentil e suplicante. Ele recordou os seus ouvintes de que eles eram os filhos dos profetas (25), ou seja, herdeiros das promessas feitas por meio dos profetas — e do concerto — “ i.e. , herdeiros das suas promessas e obrigações”. 86 A citação na última parte do versículo é de Gênesis 22.18. A expressão primeiro o enviou a vós (26) concorda com a expressão de Paulo “primeiro do judeu” (Rm 1.16; 2.10). A vontade de Deus era que a salvação fosse primei- ramente disponibilizada aos judeus, e através destes fosse proclamada ao mundo. Esta ordem foi inaugurada no Pentecostes. Esta também é a ordem seguida no livro de Atos. Paulo sempre pregou primeiramente nas sinagogas judaicas, todas as vezes que as en- contrava. Sobre o termo ressuscitando , Lumby diz: “Esta palavra é usada aqui não a respei- to da ressurreição de Jesus, mas recordando a promessa de Moisés, citada no versículo 22, de que um profeta seria levantado ... e enviado ao povo”. 87 Talvez uma referência dupla deva ser permitida — tanto à encarnação quanto à ressurreição (cf. 4.2). Para que... vos abençoasse significa literalmente “abençoando-vos”. Como? Des- viando cada um das suas maldades . Esta é uma ênfase comum no Antigo Testa- mento, onde a mesma palavra grega que significa “desviar” é usada na Septuaginta ( e.g. , em Ez 3.19; 18.27; 33.14; Jn 3.10). Esta é a maior bênção de Deus a toda a huma- nidade: a salvação do pecado. Esta é a principal mensagem tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. C. T ESTEMUNHAS P ERSEGUIDAS , 4.1-22 1. Presos pelos Saduceus (4.1-4) No seu primeiro sermão, no dia de Pentecostes, Pedro tinha acusado os judeus de terem matado Jesus, e afirmara a sua ressurreição (2.23-24). Milagrosamente, talvez por causa da resposta de três mil conversões, Pedro foi poupado de qualquer persegui- ção. Mas quando ele curou um aleijado conhecido, e em um segundo sermão denunciou os judeus ainda mais enfaticamente por terem assassinado o seu Messias, isto já foi demais. A primeira perseguição teve início, e Pedro e João foram levados à prisão. Os oficiais vieram enquanto Pedro ainda estava pregando. O texto grego diz “estan- do eles falando”. Diversas vezes, no livro de Atos, encontramos o orador sendo interrom- pido (cf. 7.54; 10.44; 17.32; 22.22). A TOS 3.22—4.1 O T ESTEMUNHO EM J ERUSALÉM 206 b) O lamento de desolação (64.10-11). Jesus provavelmente tinha essa mensagem em mente quando proferiu seu grande “Lamento sobre Jerusalém” (Mt 23.37-39). Aqui a reclamação lembra o Eterno de que as cidades santas estão assoladas e a santa [...] casa consumida pelas chamas, e todos os antigos lugares estão em ruínas. Aqueles que enten- dem que nossa santa e gloriosa casa significa o Templo, acreditam que Isaías está falando profeticamente da destruição do Templo e continuam combatendo a autoria de Isaías dessa passagem. c) Como Deus pode abster-se de uma ação imediata? (64.12). A impaciência do ho- memmuitas vezes tem clamado: “Por que Deus não faz algo a esse respeito?” Conter-te- ias tu ainda sobre estas calamidades, ó S ENHOR ? “Ficarás em silêncio e nos oprimi- rás com calamidade?” (Knox). Poderia ser que tanto a ternura como a indignação natural deveriam encontrar uma abertura na natureza divina. Esse, então, é o mistério do silên- cio divino, o qual está suspenso como um fardo opressivo sobre a alma do profeta. H. A R ESPOSTA DE D EUS PARA AS S ÚPLICAS DO SEU P OVO , 65.1-25 Este capítulo é a seqüência e conclusão da oração precedente, enquanto, ao mesmo tempo, é tão semelhante ao capítulo que segue, que um único pano de fundo e autoria devem ser adotados. Mas aqui vemos a divisão dos caminhos entre os apóstatas de Judá e a minoria justa e fiel. O capítulo deixa bem claro que não é todo Israel que será salvo; Deus encaminhará a cada um os seus desertos. O Deus fiel concederá ao seu remanes- cente fiel um novo nome e uma nova bênção. 1. O Aspecto Duplo da Retribuição Divina (65.1-16) A profunda convicção do profeta é que Deus faz distinção entre caráter e práticas. Quando Deus age na história, é tanto para retribuição como para redenção. a) A culpa da distância (65.1-7) A figura aqui é de súplica inútil do Eterno a um povo persistentemente rebelde. 1) Acessibilidade sem sucesso (1-2). Fui buscado [...] fui achado (1) são frases que introduzem o fato da prontidão e zelo de Deus de deixar-se achar. Este é o início da respos- ta divina à oração do seu profeta e seu povo. A paráfrase de Plumptre diz: “Eu estava pronto para responder àqueles que não perguntaram, estava perto para ser descoberto por aqueles que não me buscaram”. 45 Na verdade, Deus sempre tem tomado a iniciativa em reparar o relacionamento quebrado entre Ele e o homem. Aum povo que se não chama- va do meu nome eu disse: Eis-me aqui (“Aqui estou”, RSV). Estendi as mãos [...] a um povo rebelde (2). Deus, como Pai, tinha suas duas mãos estendidas a um filho que não queria ir a Ele (cf. Mt 11.28-30). Assim, mais uma vez, Deus precisa se referir a eles como a um povo rebelde ( ’am sorer ). A culpa da aparente distância entre Israel e o Se- nhor dependia de Israel, que caminha por caminho que não é bom . Como séculos mais tarde o Filho de Deus precisou dizer: “Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras, por- que pensam que nelas vocês têm a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu respeito; contudo, vocês não querem vir a mim para terem vida” (Jo 5.39-40, NVI). A I SAÍAS 64.10—65.2 G LÓRIA F UTURA 237 13 Os autores do NT definitivamente aplicam essa passagem a Jesus. Isso fica evidente no fato de eles usarem o mesmo termo da Septuaginta para Servo como ocorre na profecia de Isaías, a saber, pais . Esse termo tem sido traduzido por “filho” na KJV (A ARC traduz o termo por “servo”) e, por isso, não tem a mesma força do que no original grego. Ele é equivalente a garçon no francês, que significa “menino” e, mais apropriadamente, “garçom”, ou “servo”. Esse termo grego aparece em Isaías 42.1; 52.13; e 53.11, em que é traduzido por “servo”. Ele aparece no NT em diversas passagens como em Mateus 12.18; Atos 3.13, 26; 4.27, 30; e é aplicado especificamente a Jesus. Em cada uma dessas ocasiões deveria ser traduzido por “servo”, como tem sido apropriadamente traduzido na NVI e na NTLH. As referências do NT a essa passagem provam que: (1) Antes do tempo de Jesus ele fazia parte da terminologia do AT. (2) Esse termo refere-se ao Messias (Mt 8.17; Mc 15.28; Lc 22.37; Jo 12.38; At 8.28-35; Rm 10.16; 1 Pe 2.21-25). (3) O termo é aplicado consistentemente à paixão do nosso Senhor (Mc 9.12; Rm 4.25; 1 Co 15.3; 2 Co 5.21; 1 Pe 1.19; 2.21-25; 1 Jo 3.5). Que o próprio Jesus chamou a atenção dos seus discípulos a essa passagem como profética acerca dos seus próprios sofrimentos pode indubitavelmente ser inferido de Lucas 24.25-27 e 44-46. Que essa passagem é realmente de Isaías é confirmado pelo fato de que perguntas retóricas proliferam no seu livro em todas as suas partes, da mesma forma que ocorre nessa passa- gem. Também cf. Smart, op. cit. , p. 200. 14 Cf. Jamieson, Fausset e Brown, op. cit. , ad. loc . Ao virar a página de lado e observar a margem do lado direito, temos as pirâmides invertida e vertical, retratando “O Servo de Javé” na história e profecia. Diagrama A 279 O resultado da partida de Paulo de Jerusalém teve dois aspectos. Em primeiro lu- gar, a sua própria vida foi poupada, o que foi uma grande dádiva para o seu próprio século e para todas as gerações futuras. Em segundo lugar, o movimento cristão na Pa- lestina foi aliviado, durante algum tempo, de mais perseguições. Segundo a narrativa, Assim, pois, as igrejas — “igreja” (singular no manuscrito mais antigo) — em toda a Judéia, e Galiléia, e Samaria tinham paz (31) — as três principais divisões da Pales- tina naquela época (ver o mapa 1), relacionadas aqui na ordem da sua importância ju- daica. Esta é a única menção à igreja cristã na Galiléia até a época de Eusébio (séc. IV), um fenômeno estranho, em vista do fato de que Jesus dedicou a maior parte do seu ministério público àquela região. O registro a seguir afirma que as igrejas na Palestina estavam sendo edificadas — lit., “construídas” — e se multiplicavam. Como Saulo tinha partido, os problemas com os judeus helenistas cessaram e a igreja desfrutou um período de paz e prosperidade. D. T ESTEMUNHANDO NA J UDÉIA , 9.32-43 Até agora, todo o capítulo 9 esteve dedicado à conversão de Saulo e a sua carreira subseqüente, talvez por doze anos. Agora a narrativa retorna a Pedro, que é o persona- gem principal em Atos 1-12. O restante deste capítulo descreve dois incidentes no seu ministério, tendo ambos acontecido na Judéia. 1. Pedro em Lida (9.32-35) E passando Pedro por toda parte — i.e. , “viajando por todos os lugares” (Phillips), provavelmente supervisionando a evangelização dos judeus na Judéia — veio também aos santos que habitavam em Lida (32). Esta cidade, mencionada somente aqui (32,35,38) no Novo Testamento, estava situada perto da costa, a uma curta distância de Jope, na direção do interior. Ela ficava a aproximadamente 48 quilômetros de Jerusalém (ver o mapa 1). Ali Pedro achou certo homem chamado Enéias (33), que tinha sido um paralítico por oito anos. O seu caso era, portanto, considerado irremediável. Mas nenhum caso é irremediável para Deus. Pedro disse ao homem: Jesus Cristo te dá saúde; levanta-te e faze a tua cama (34). Ele obedeceu imediatamente e foi curado. Todo o povo de Lida e de Sarona, que era próxima — a planície de Sarona, que se estende desde Lida para o norte, até o monte Carmelo — via agora caminhando aquele que fora um paralítico preso a uma cama. O resultado foi que muitos se converteram ao Senhor (35). A igreja continuava a crescer. 2. Pedro em Jope (9.36-43) Jope era o antigo porto marítimo de Jerusalém, embora não tenha uma enseada natural. O seu nome moderno é Jafa, e agora está unida a Tel Aviv — uma cidade judaica nova, construída ao norte. E havia em Jope uma discípula (no feminino, somente aqui no NT), chamada Tabita (aramaico) ou Dorcas (grego). Dorcas estava cheia de boas obras e esmolas — “abunda- vam as suas obras de bondade e caridade” (NASB). O T ESTEMUNHO NA J UDÉIA E S AMARIA A TOS 9.30-36 247 forma, ele pôde escrever: Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo (4). Muito embora as pessoas na igreja em Corinto estivessem cercadas por uma lista espantosa de características carnais, a com- paração de sua nova vida em Cristo com a sua antiga vida no paganismo corrupto era uma fonte de satisfação para Paulo. Ele conhecia muito bem a glória, o poder e a natu- reza verdadeiramente revolucionária da graça redentora. Contudo, Paulo também era realista o bastante em seu pensamento para perceber que não havia nada como a “santificação imediata”. Embora ele não tolerasse os pecados, os defeitos, e a falta de crescimento espiritual na igreja, ele expressou o seu apreço pelo grau de progresso espiritual que eles haviam alcançado. Além disso, ele pode ter desejado declarar a sua gratidão a fim de amenizar a severidade de suas discussões posteriores com relação aos problemas deles. Paulo também apreciava o enriquecimento e conhecimento espiritual dos coríntios. Ele escreve: Porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento (5). O Bispo Lightfoot interpreta este enriquecimento da seguinte forma: “Os coríntios não eram apenas ricos no conhecimento das verdades do evangelho, mas eram também dotados do poder de expô-las de forma eficaz”. 14 A referência sugere que os coríntios haviam sido totalmente destituídos espiritualmente, mas que agora ha- viam chegado a uma grande riqueza espiritual. A partir do contexto fica claro que Paulo tinha em mente em primeiro lugar o dom da graça, que é uma verdadeira riqueza. C. A C ONFIRMAÇÃO D IVINA , 1.6-9 A pregação de Paulo havia prometido um modo de vida novo e revolucionário. Esta promessa foi cumprida com abundantes dons espirituais e poder. 1. A Expectativa Espiritual Cumprida (1.6) O testemunho de Cristo foi a proclamação de que como o Filho de Deus ele iria conceder a paz, a alegria e o perdão. Agora este testemunho foi verificado e estabelecido pela aceitação deles do evangelho. O verbo confirmado ( bebaioo ) é um termo técnico significando a “garantia da entrega de algo cujo penhor já foi pago”. 15 Portanto, quando os coríntios aceitaram o evangelho de Cristo pregado por Paulo, eles receberam um “pri- meiro pagamento” da riqueza espiritual que lhes foi entregue, conforme prometido. Quan- do Deus garante a entrega, podemos saber que os bens já estão em trânsito. 2. Dons Espirituais Abundantes (1.7) Na expressão De maneira que nenhum dom vos falta , o verbo falta significa ser deficiente, ser insuficiente . Declarado em termos positivos, os coríntios tinham abun- dância de dons espirituais, ou seja, tinham tudo o que era necessário para a salvação. A palavra dom ( charisma ) é usada apenas por Paulo no NT (exceto 1 Pe 4.10). Paulo usou a palavra de duas formas. De forma geral, a palavra significa “o efeito das ações misericordiosas de Deus, a bênção positiva conferida aos pecadores através da graça”. 16 Neste sentido geral ela inclui todas as graças espirituais e os atributos espirituais. Ela também é usada por Paulo, de uma maneira especial, para referir-se a atributos espi- P RÓLOGO 1 C ORÍNTIOS 1.4-7 134 importa que adversários nos ataquem ou à nossa fé; uma coisa eles não podem fazer: separar-nos de Cristo, obscurecer ou desacreditar o amor de Deus que nós conhecemos em Cristo. O que Paulo nos ensinou nestes oito capítulos não é uma teoria bonita, mas sim uma experiência posta à prova na feroz provação do sofrimento e da luta”. 473 Jesus Cristo é o Senhor. Ele é o Senhor sobre a vida e a morte , pois foi crucificado e ressuscitado dos mortos. Ele é o Senhor sobre todos os principados e potestades , pois Ele triunfou sobre eles na cruz (Cl 2.15). Ele é Senhor do presente e do porvir , pois foi nele que Deus nos escolheu em amor, e é nele que nós iremos entrar na glória final de Deus. Em Cristo Jesus, nosso Senhor “Deus é por nós”; nele “somos mais do que vencedores” (37) no triunfo da certeza e da fé. A nossa glorificação final está condiciona- da ao nosso sofrimento com Ele (17), e à nossa constância na bondade de Deus (11.22); não obstante, a ênfase de Paulo está na suficiência da graça de Deus. Nós temos “por certo isto mesmo: que aquele que em nós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo” (Fp 1.6). A partir dos versículos 29-39, Paul Rees expõe o tema: “Se Deus é Por Nós”. 1) Por eleição, no propósito da sua graça, 29-30; 2) Eficazmente, na cruz de Cristo, 32; 3) De forma encorajadora, nas suas providências, 35-37; 4) eternamente, na comunhão do seu amor, 38-39. W. T. Purkiser encontra a “Vitória em Cristo” cantada em 8.31-39. 1) A sua fonte, 31- 34; 2) O seu escopo, 35, 38-39; 3) O seu segredo, 37, 39. C. A J USTIÇA DE D EUS NA H ISTÓRIA , 9.1—11.36 Esta seção da Epístola aos Romanos tem sido interpretada de diversas maneiras. Ela tem sido chamada de uma teodicéia , uma justificativa do tratamento que Deus dis- pensa ao homem. Existe alguma verdade nesta opinião, pois Paulo está lutando aqui com o problema do motivo pelo qual Deus aparentemente “colocou de lado” o seu povo Israel. Teriam falhado o chamado e a promessa de Deus? E com isto, Ele teria provado ser injusto? Mas chamar isto de uma teodicéia é imaginar que nós podemos justificar a Deus, quando na verdade Deus não responde aos homens; as coisas funcionam ao con- trário. Os objetivos e os caminhos de Deus transcendem a razão humana (Is 55.9) e, se não fosse assim, Deus não seria Deus. “UmDeus compreendido não é Deus” (Tersteegen). 474 Ao concluir esta seção, Paulo apropriadamente sobe às alturas da adoração diante do mistério divino (11.33-36). Outros chamaram esta seção de a filosofia da história de Paulo . No entanto, não temos aqui nenhuma visão histórica sobre como Deus controla o mundo e o conduz ao seu objetivo final, mas sim “uma disputa devota com o próprio Deus”. Ao invés de nos dar um relato minucioso do objetivo revelado de Deus na história, estes capítulos traçam uma “auto-revelação detalhada de Deus pela fé”. 475 Uma terceira corrente interpreta esta seção como sendo a doutrina da predestinação de Paulo. Mas, como destaca Nygren, o tratamento clássico da predestinação é encontra- do em 8.28-30. “Se adotarmos os capítulos 9-11 como ponto de partida para estudarmos a visão da predestinação de Paulo, terminaremos com uma falsa impressão dela”. 476 Brunner diz: “A respeito de uma dupla lei (predestinação), na qual uma parte conduz à R OMANOS 8.39—9.1 O E VANGELHO DA J USTIÇA DE D EUS Quadro A 1. Santo dos Santos 2. Lugar Santo 3. Altar da Oferta Queimada 4. Átrio das Mulheres 5. Átrio de Israelitas 6. Átrio dos Sacerdotes Átrio dos Gentios Torre de Antônia 1 2 5 5 3 6 6 4 3 1 2 6 6 5 5 4 Templo de Herodes 554 QUADRO DO PERÍODO DA MONARQUIA DE 1010 A 586 a.C. DAVI (1010-971) SALOMÃO (971-931) DIVISÃO (931) ISRAEL (Reino do Norte) JUDÁ (Reino do Sul) Regentes Co-regências Regentes Co-regências JEROBOÃO ....... 931-910 ROBOÃO .................931-913 NADABE ............ 910-909 ABIAS ..................... 913-911 BAASA ............... 909-886 ASA ......................... 911-870 ELA .................... 886-885 .............................................. ZINRI .........................885 .............................................. TIBNI ................. 885-880 885-880 .............................................. ONRI .................. 885-874 885-880 .............................................. ACABE ............... 874-853 JOSAFÁ ..................870-848 873-870 ACAZIAS ............ 853-852 .............................................. JEORÃO ............. 852-841 JORÃO ....................848-841 853-848 JEÚ..................... 841-814 ACAZIAS ........................ 841 JEOACAZ ........... 814-798 ATÁLIA ...................841-835 .......................................... JOÁS .......................835-796 JEOÁS ................ 798-782 AMAZIAS ................796-767 JEROBOÃO II ... 782-753 793-782 AZARIAS (Uzias) ....767-740 791-767 ZACARIAS ......... 753-752 .............................................. SALUM ......................752 .............................................. MANAÉM........... 752-742 .............................................. PECAÍAS............ 742-740 .............................................. PECA .................. 740-732 JOTÃO ....................740-732 750-740 OSÉIAS ...... 732-733, 722 ACAZ .......................732-716 .......................................... EZEQUIAS..............716-687 729-716 .......................................... MANASSÉS ............687-642 696-687 .......................................... AMOM .....................642-640 .......................................... JOSIAS ....................640-608 .......................................... JOACAZ ......................... 608 .......................................... JEOAQUIM ............608-597 .......................................... JOAQUIM ...................... 597 .......................................... ZEDEQUIAS ...........597-586 Quadro A 555 Período do Exílio: O Cativeiro (606-536 a.C.) 605-561 Nabucodonosor na Babilônia 608-597 Jeoaquim, Rei de Judá (2 Reis 23.34–24.6) Vassalo do Egito Vassalo da Babilônia 606 Primeiro Cativeiro - Daniel (2 Reis 24.1; Daniel 1.1–2.6) 600 Rebelião contra a Babilônia 597 Joaquim, Rei de Judá (2 Reis 24.8-17) Jerusalém Sitiada Segundo Cativeiro 10.000 Incluindo Joaquim e Ezequiel 597-586 Zedequias, Rei de Judá (2 Reis 24.18–25.21) 592-570 Profecias de Ezequiel 588 Revolta contra a Babilônia 586 Jerusalém é Destruída Terceiro Cativeiro 585 Profecias de Obadias 555 Gedalias é Assassinado (Jeremias 40—44) Jeremias vai para o Egito (Jeremias 42—44) 550-535 Profecias de Daniel 538 Queda da Babilônia (Daniel 5) Período Pós-Exílio: O Retorno (536-400 a.C.) 539-530 Ciro da Pérsia (Is 44.26; 45.1; 2 Cr 36.22; Esdras 1.1) 537 Decreto do Retorno (Esdras 1.1-4) 536 Primeiro Retorno - Zorobabel (Esdras 1.4–2.67) O início da reconstrução (Esdras 2.68–3.13) Os impecilhos dos samaritanos (Esdras 4.1-24) 522-486 Dario da Pérsia (Esdras 4.24; 6.1; Ageu 1.1; Zacarias 1.1) 520 Ageu e Zacarias (Esdras 5; Ageu; Zacarias) 516 Reconstrução e Dedicação do Templo (Esdras 6) 485-465 Assuero (Xerxes da Pérsia) (Ester 1.1) Ester e Mardoqueu (Livro de Ester) 458 Segundo Retorno - Esdras (Esdras 7-8) Reformas de Jerusalém (Esdras 9-10) 450-430 Profecias de Malaquias 444 Terceiro Retorno - Neemias (Neemias 1.1–2.8) Reconstrução do Muro (Neemias 2.9–6.19) Instrução na Lei (Neemias 8—10) 432 Neemias Volta a Jerusalém (Neemias 13) As medidas reformistas Período Intertestamentário O E X Í L I O E O R E T O R N O Quadro B
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